PITVANT
PITVANT (Projeto de Investigação e Tecnologia em Veículos Aéreos Não-Tripulados). Foi este o primeiro grande projeto de ID&I, de dimensão Nacional e Internacional, em que a AFA e, posteriormente, o CIAFA, se vieram a envolver. O PITVANT, cuja duração foi de sete anos, teve o seu início em janeiro de 2009 estando, em conformidade, o seu terminus previsto para dezembro de 2015.
Trata-se de um projeto de grande dimensão, fortemente inovador, envolvendo várias instituições nacionais e internacionais. A sua concretização tem por base a experiência e o know-how da AFA e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), bem como a experiência e o know-how das Instituições a ele associadas (Universidade de Berkeley, Universidade de Munique, Agência de Defesa Sueca, Honeywel e Embraer), que manifestaram particular interesse em colaborar, numa base de complementaridade e reciprocidade, num projeto inovador, com impacto significativo, tanto no campo militar, como civil (uso dual).
O PITVANT é financiado pelo Ministério da Defesa Nacional, o seu orçamento global é de 2 milhões de Euros, sendo os seus objetivos os seguintes:
- Desenvolver tecnologia, em diversas áreas, para veículos aéreos autónomos não-tripulados de pequena e média dimensão;
- Desenvolver novos conceitos de operação para este tipo de veículos;
- Testar a utilização dos sistemas e tecnologias desenvolvidos num largo espetro de missões, tanto militares como civis (duplo uso);
- Formar pessoal com capacidade para definição de requisitos, operação e manutenção deste tipo de sistemas.
No âmbito da colaboração entre a AFA e a Universidade de Munique, a Força Aérea e Portugal tiveram a oportunidade de se verem envolvidos nos testes pioneiros de avaliação da precisão do Sistema de Navegação Global por Satélite Galileo relativamente a plataformas aéreas, sistema este de particular importância estratégica para a Europa, e ao qual ficarão ligados a Força Aérea e Portugal, uma vez que foram utilizados Veículos Aéreos Autónomos Não-Tripulados desenvolvidos no âmbito do projeto PITVANT.
Deste projeto resultaram mais do que 600 horas de voo em Veículos Aéreos Autónomos Não-Tripulados, com a formação de equipas de operadores e pilotos. De entre as capacidades desenvolvidas, destaca-se:
- lançamento por catapulta e recolha por rede, sem necessidade de pista preparada;
- voo noturno;
- identificação automática de alvos;
- seguimento automático de alvos no solo e no mar;
- patrulhamento marítimo;
- monitorização de poluição marítima;